RETIRO QUARESMAL 2018
TERCEIRA SEMANA
“DESTRUÍ VÓS ESTE TEMPLO, E EU O REERGUEREI EM TRÊS DIAS”
3º Domingo – Dia 04.03
Jo 2, 13-25: Cada fiel a Deus é um templo
Jesus tinha um grande respeito pela casa de Deus. Ele não podia suportar os trocadores de moedas e os mercadores que abusavam e desrespeitavam o templo de Deus. Foi por isso que Ele os expulsou.
Foi então que Jesus falou sobre a “destruição” e a “reconstrução” daquele templo. Referia-se ao seu corpo como o “templo de Deus”. E, sendo templo, era sagrado porque Deus morava ali, assim como nos edifícios e lugares a Ele consagrados.
Através do Batismo, nós também nos tornamos templos de Deus; tornamo-nos parte do “corpo místico e da humanidade” de Jesus. Justamente por causa disso temos de viver e agir como cristãos, o que também significa que devemos respeitar nossos semelhantes, não abusando deles, nem atacando-os; ao contrário, devemos protegê-los como a nós mesmos, esforçando-nos bastante não somente durante a Quaresma, mas em todo o ano.
Segunda-feira – Dia 05.03
Lc 4, 24-30: Do sectarismo à universalidade
O Evangelho de hoje é uma exortação de Jesus a que se supere o sectarismo. Um chamado à conversão é dirigido a todas as categorias de pessoas, de todos os níveis sociais e culturais e com diferentes ideologias políticas.
Essa paternidade universal de Deus já tinha sido antes mencionada em muitas passagens do Antigo Testamento – a viúva de Sarepta, Naamã, o sírio e outras.
A comunidade cristã evangelizadora deve sempre conservar-se aberta à universalidade, que é uma característica própria da Igreja missionária.
Terça-feira – Dia 06.03
Mt 18, 21-35: Perdoai-nos, como nós perdoamos.
Um dos temas no qual Jesus mais insiste em seus ensinamentos é o que fala do perdão. A parábola de hoje é um exemplo.
A época quaresmal é um tempo de Conversão. A Igreja convida-nos a confiar no perdão redentor de Deus. Através desta parábola, vemos claramente a relação que existe sempre entre esse perdão e nossa própria compaixão pelos outros.
Quarta-feira – Dia 07.03
Mt 5, 17-19: Jesus é a plenitude
Jesus veio para respeitar e cumprir a lei e os profetas.
Não, porém, a lei deformada e corrompida que predominava naquela época, mas a lei autêntica, a verdadeira intenção do Deus de Abraão, o êxodo e as promessas, a lei que os profetas lembravam e que era observada pelos “remanescentes de Israel” – os “pobres de Javé” – até a chegada de Jesus. Essa lei de Deus, o libertador, é aquela que Jesus veio para cumprir.
Quinta-feira – Dia 08.03
Lc 11, 14-23: A atitude do coração
Este Evangelho ajuda–nos a entender o mistério da fé. Para aqueles cujos corações estão corrompidos, a expulsão dos demônios é um sinal suficiente para reconhecer Jesus e seu futuro Reino.
Para os que estão doentes por causa de seus pecados, o mesmo sinal tem um efeito contrário: eles não creem, chegando a acusar o Mestre de estar possuído pelo demônio. Às vezes, um mesmo testemunho pode levar alguém mais longe ou mais perto da fé, dependendo da atitude de seu coração.
Sexta -feira – Dia 09.03
Mc 12, 28b-34: O amor a Deus e o amor ao próximo são inseparáveis
Os dois pilares da vida cristã são o amor a Deus e o amor ao próximo. Eles estão inseparavelmente unidos, mas não devem ser confundidos. E estão unidos porque não podemos dizer que amamos a Deus de todo o nosso coração sem também amar nosso irmão: o verdadeiro amor por nosso irmão é profundamente enraizado no amor de Deus.
Ambos não devem ser confundidos porque não podem ser intercambiáveis na vida prática. Precisamos relacionar-nos com Deus (fé, oração) e com nossos irmãos (envolvimento, fraternidade), como duas realidades independentes, mas que provém de uma mesma e única fonte.
Sábado – Dia 10.03
Lc 18, 9-14: Da autossuficiência à comunhão
Esta parábola ressalta um dos temas favoritos de Jesus: aqueles que exaltam a si mesmos serão humilhados; aqueles que são humildes serão exaltados.
Ser exaltado diante do Deus significa receber sua graça e seu perdão. A autossuficiência, o assumir-se como “bom” impede a conversão, como mostra a parábola.
E, habitualmente, nossa suficiência diante de Deus faz-nos orgulhosos em nossas atitudes para com os outros.
Repetição Inaciana
A oração de cada sábado pode ser também o exercício chamado de repetição. Trata-se de aprofundar aquilo que rezei durante a semana. Santo Inácio diz: Não é o muito saber que satisfaz a pessoa, mas o sentir e saborear as coisas internamente [EE 2]. Por isso não é apresentada uma nova matéria de oração para este dia. Faço, pois, a oração, a partir do texto ou moção que mais me consolou ou que mais me desolou na semana que passou.