RETIRO QUARESMAL 2018

QUARTA SEMANA

 

“POIS DEUS NÃO ENVIOU O FILHO AO MUNDO PARA CONDENÁ-LO, MAS PARA QUE O MUNDO SEJA SALVO POR ELE.”

 

4º Domingo – Dia 11.03

Jo 3, 14-21: A graça de Deus em julgamento

Em seu famoso discurso a Nicodemos, Jesus resume a atitude de Deus diante dos pecadores – e a Quaresma lembra que todos nós, de alguma forma, somos pecadores.

Em primeiro lugar, Deus deseja intensamente a libertação e a verdadeira felicidade para todos os pecadores. Seu amor especial por estes é maior do que sua rejeição pelo pecado. Para comprovar isso, Deus manda seu único Filho amado morrer pelos pecadores, para que estes possam ter uma nova vida. Seria o sofrimento e a morte de Jesus o único caminho possível para redimir o pecado?

Não o sabemos. O que sabemos com certeza é que Jesus na cruz é o mais convincente sinal da seriedade do amor de Deus pela humanidade. Em segundo lugar, Deus quer que o mundo todo seja salvo. Ele não quer para ele a ruína, nem o castigo destituído de esperança. Quando aconteceram fatos dolorosos, como o exílio em Babilônia (que podo ser interpretado como um castigo), o povo sempre teve um chamado à conversão e à graça da mais autêntica libertação.

Em terceiro lugar, para que tudo isso se torne realidade e frutifique, precisamos “ver” a mão de Deus no caminho de nossa vida. Eis por que é necessária a luz do céu. Se levarmos a sério o tempo da Quaresma, ele poderá tornar-se nosso caminho de luz.

 

Segunda-feira – Dia 12.03

Jo 4, 4354: Adesão a Cristo pela fé

A atitude de Cristo neste Evangelho é paradoxal. Por um lado, Ele dá um sinal milagroso em resposta à fé do oficial; por outro, critica aqueles que não acreditam até não verem sinais e maravilhas.

Jesus quer ensinar-nos que, embora os sinais visíveis possam, muitas vezes, impulsionar nossa fé, eles nunca devem condicioná-la.

A fé deve “firmar-se” mesmo sem sinais visíveis, pois se baseia em nossa sólida adesão à Palavra de Cristo.

 

Terça-feira – Dia 13.03

Jo 5, 1-16: A libertação é a salvação total

A libertação de Jesus consiste numa total renovação de nosso ser à imagem de Deus. Pressupõe a expulsão de todo o nosso egoísmo.

É por essa razão que Deus não fica satisfeito apenas com a libertação do paralítico de sua escravidão humana. Essa libertação, importante em si mesma, é somente parte de uma salvação maior. Encontrando-o mais tarde no templo, Cristo chama-o para uma conversão dos pecados, a fim de que sua libertação possa ser autêntica.

 

Quarta-feira – Dia 14.03

Jo 5, 17-30: Libertação: passagem da morte á vida

Como já se aproximava a hora de sua Paixão, Jesus ressalta com clareza sua missão de libertação. E, propositadamente, tira vantagem de suas discussões com os judeus. Na cena narrada por este Evangelho, Jesus revela que sua libertação é para uma vida de “ressurreição”.

Esta salvação, que se repete na historia da humanidade em tudo o que “passa da morte á vida”, atinge seu objetivo na vida sem fim que terão aqueles que ouvem as palavras de Jesus.

 

Quinta-feira – Dia 15.03

Jo 5, 31-47: As obras que eu faço dão testemunho de mim, pois mostram que o Pai me enviou.

Jesus foi, continuamente, questionado a respeito do sentido de suas ações. Os adversários exigiam dele uma comprovação inquestionável de sua comunhão com Deus, chamado de Pai. Como convencer a quem estava fechado para o diálogo? Argumento algum seria suficiente para sensibilizá-los. Para Jesus, só havia um caminho: o testemunho das obras. Que os adversários vissem o que estava sendo feito e tirassem as conclusões. Não havia nada mais a fazer!

 

Sexta-feira – Dia 16.03

Jo 7, 1-2.10.25-30: Jesus, modelo dos cristãos perseguidos

Nos últimos dias da vida de Jesus, era já óbvio que as autoridades tencionavam matá-lo. Cara a cara com a perseguição e na lápida aproximação do seu martírio, Jesus adota uma atitude que serve de modelo para os cristãos perseguidos.

Ele não torna evidente sua bravura. E também não procura livremente o martírio (“Ele não queria ir para a Judéia porque os judeus pretendiam matá-lo”.). Por outro lado, Jesus permanece fiel à sua missão de ensinar a verdade, mesmo arriscando a vida em Jerusalém, na época em que sua hora havia chegado.

 

Sábado – Dia 17.03

Jo 7, 40-53: O medo e a ira dos fariseus

Os fariseus, sempre inimigos de Jesus em toda parte por onde fosse, acompanhavam-no de perto, não para se converterem de seus crimes, mas com um propósito terrível: matá-lo! A tal ponto pode chegar o ciúme. Assim, quando ouviram que o povo, mais transparente à verdade e mais consequente do que eles, chegava a conclusão de que Jesus era o Messias tão esperado, apressaram-se a espalhar entre as pessoas que ele era da Galiléia e que de lá nada podia vir de bom. Como não tinham poder para prender Jesus, convenceram os sumos sacerdotes a enviar seus guardas para buscá-lo. Abertos, porém, à Palavra divina, aqueles homens, de coração puro, preferiram mais ser punidos do que prender aquele profeta que lhes falara de uma maneira que jamais tinham ouvido de homem algum.

 

Repetição Inaciana

A oração de cada sábado pode ser também o exercício chamado de repetição. Trata-se de aprofundar aquilo que rezei durante a semana. Santo Inácio diz: Não é o muito saber que satisfaz a pessoa, mas o sentir e saborear as coisas internamente [EE 2]. Por isso não é apresentada uma nova matéria de oração para este dia. Faço, pois, a oração, a partir do texto ou moção que mais me consolou ou que mais me desolou na semana que passou.